O sociólogo boliviano Juan Carlos Pinto Quintanilla morreu nesta quarta-feira (27) em decorrência da covid-19. Uma das lideranças do Exército Guerrilheiro Tupac Katari nas décadas de 1980 e 1990, ele era militante socialista e atuou como diretor-geral de Fortalecimento Cidadão da Vice-Presidência do Estado Plurinacional até o golpe de Estado de 2019 contra o então presidente Evo Morales (MAS).
Pinto Quintanilla também foi diretor do Serviço Intercultural de Fortalecimento Democrático (Sifde) e ex-coordenador da Pastoral Penitenciária. Ele faleceu após passar uma semana internado em estado grave na capital La Paz.
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A morte foi lamentada por integrantes do Movimento ao Socialismo (MAS). O atual presidente boliviano, Luis Arce, afirmou que "sua partida deixa um grande legado na trincheira revolucionária."
Estamos acongojados por la pérdida irreparable del hermano Juan Carlos Pinto. Luchador inclaudicable por la justicia social en favor de las grandes mayorías en #Bolivia. Su partida deja un gran legado en la trinchera revolucionaria. Nuestras sentidas condolencias a su familia.
— Luis Arce Catacora (Lucho Arce) (@LuchoXBolivia) January 27, 2021
Eduardo del Castillo, ministro de Governo, se referiu o sociólogo como "um revolucionário que sabia que os seres humanos não estão neste mundo para contemplá-lo, mas para transformá-lo."
O Brasil de Fato entrevistou Pinto Quintanilla em outubro de 2019, dias antes do golpe contra Morales. Com um olhar otimista sobre os avanços políticos do país, ele afirmou: “Na América Latina, o projeto indígena continua sendo a utopia possível.” Confira na íntegra.
Edição: Leandro Melito