Fim do Programa

Auxílio emergencial: Caixa paga parcelas pendentes de 2020 nesta quinta (28)

Encerramento do benefício em dezembro de 2020 deve aumentar desigualdade em meio à pandemia e crise econômica

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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As últimas parcelas a serem pagas do auxílio emergencial se referem aos meses de 2020 - Créditos da foto: Reprodução

Cerca de R$ 248 milhões em auxílio emergencial foram liberados nesta quinta-feira (28), para aproximadamente 196 mil pessoas. O pagamento foi programado depois que o governo federal analisou contestações e revisões da atualização feita em cima de dados governamentais.

O grupo que tem direito às parcelas pendentes é composto por quem contestou a suspensão do auxílio por meio do site da Dataprev, entre os dias 7 e 16 de novembro e 13 e 31 de dezembro de 2020, totalizando 191 mil casos, além daqueles que tiveram o benefício reavaliado em janeiro deste ano.

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Assim como foi feito durante o ano de 2020, o auxílio será depositado na poupança social digital da Caixa Econômica Federal e, a partir desta quinta-feira, pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, retirado e transferido para outros bancos, sem cobrança de taxa. Por meio do aplicativo, é possível realizar compras na internet, pagar boletos e realizar pagamentos em estabelecimentos utilizando o cartão de débito virtual e o QR Code. 

Fim do auxílio emergencial 

As últimas parcelas a serem pagas pelo Auxílio Emergencial são referentes aos meses de 2020. A partir de janeiro de 2021, nenhuma nova parcela será paga aos brasileiros. O fim do benefício está mantido mesmo em meio à segunda onda de covid-19 no país, em que a quantidade de mortes registradas nas três primeiras semanas de 2021 já é superior a todo o saldo de dezembro de 2020.

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O número de brasileiros desempregados chegou a 14 milhões em novembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Covid, divulgada no dia 23 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso quer dizer que, desde que Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu a presidência, o Brasil aumentou quase 2 milhões de desempregados.

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Na comparação com outubro, a alta de 2% elevou para 14,2% a taxa de desocupação, batendo também a alta anterior. A variação, contudo, não é “estatisticamente significativa” frente ao mês anterior, segundo o IBGE, quando o nível de desemprego fechou em 14,1%. E indica estabilidade, apesar do patamar mais alto. 

Edição: Daniel Lamir