Alagamento

MAB e moradores do Jardim Pantanal protestam contra enchentes recorrentes no bairro

Após reunião com a Subprefeitura, população recebe resposta vazia e promessa de nova reunião

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Movimento e população caminharam até a Subprefeitura de São Miguel Paulsita - Foto: Igor Carvalho

Os moradores do Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo (SP), se reuniram, na manhã desta quinta-feira (28), para protestar contra as enchentes que atingem a região há mais de duas décadas.

O ato, que foi organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), seguiu até a Subprefeitura de São Miguel Paulista, onde a população cobrou providências para o fim dos alagamentos.

“Sofremos todos os anos com enchentes e temos muitas perdas. Hoje, estamos, junto com o MAB, em um ato para pedir que o poder público tome providências", afirma Netinho, que mora no Jardim Pantanal desde 2002.

"Queremos o desassoreamento do rio Tietê e dos córregos. Estamos cansados de perder nossos móveis, imóveis e até vidas nas enchentes”, ressalta.

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Após aguardar por quase uma hora, uma comissão formada por moradores do Jardim Pantanal e membros do MAB foi recebida por Juarez Munhoz Picerni, chefe de gabinete do prefeito na subprefeitura de São Miguel Paulista.

Os manifestantes levaram uma relação de reinvidicações, que incluía o cadastro socioeconômico e ambiental de todas as famílias que sofrem com as enchentes recorrentes; reassentamento das famílias que foram atingidas em áreas seguras; desassoreamento dos córregos da região; garantia de saneamento básico; regularização fundiária; plano de segurança e contingência; entre outros.

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A subprefeitura recebeu um documento do movimento com todas as reinvidicações, mas não se comprometeu com ações imediatas. Picerni agendou uma nova reunião para o dia 22 de fevereiro, quando o órgão comunicará aos moradores do Jardim Pantanal quais medidas poderão, ou não, ser tomadas.

Milhares de pessoas vivem no Jardim Pantanal, que é uma Área de Proteção Ambiental (APA). Os moradores não se recordam quando as enchentes começaram, mas é comum que narrem o alagamento de 2009, quando o bairro ficou três meses alagado.

 

Edição: Leandro Melito