Nesta sexta-feira (29), Dia Nacional da Visibilidade Trans, foram divulgados relatórios sobre a violência sofrida pela população transexual e travesti brasileira no ano de 2020.
A presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), Keila Simpson afirma que os números de agressões e mortes compilados na pesquisa anual sobre assassinatos e violência contra pessoas trans brasileiras em 2020 são preocupantes, mas que o cenário é ainda mais sério e alarmante pela subnotificação de casos.
Symmy Larrat, presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersexos (ABGLT), e coordenadora de projetos da ONG Casa Neon Cunha, afirma que "a data serve pra lembrar que precisamos visibilizar o que está apagado, o que está esquecido; falar sobre a vulnerabilidade, o preconceito que sofremos, mas não só falar neste dia, a gente lembra que é preciso falar isso durante o ano inteiro".
Confira também detalhes sobre os atos organizados contra Jair Bolsonaro no próximo domingo. Organizadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, as manifestações prometem ampliar as ações registradas no último fim de semana.
Em São Paulo, a concentração acontece a partir das 9h, na Praça Charles Miller, no estacionamento do estádio do Pacaembu, e segue pelas principais ruas e avenidas da capital paulista.
Além do impeachment de Bolsonaro, as manifestações cobram também a imunização de toda a população brasileira contra a Covid-19, o retorno do auxílio-emergencial para o combate à miséria e a retomada do emprego.
Segundo Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares), a ideia é continuar pressionando para que os deputados pautem o impeachment do presidente na Câmara.
Além de ações pelas ruas das principais cidades do Brasil, o movimento Stop Bolsonaro Mundial também está programando mobilizações em outros países e na internet.
De acordo com Flávia Costa, integrante da Frente Internacional Brasileira pela Democracia, uma das entidades que organiza a mobilização, esta é a quarta edição do movimento que pede a saída do presidente Bolsonaro.
Segundo ela, além de manifestações em mais de 80 cidades brasileiras, ações já estão confirmadas na Alemanha, Holanda, Espanha e França.
Na internet, o movimento vai apresentar no domingo, dia 31, a partir das 8h da manhã, uma série de palestras sobre os mais variados assuntos. Flávia salienta que o público pode, inclusive, participar das ações.
*Com informações de Larissa Bohrer e Danilo Reenlsober.
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Edição: Mauro Ramos
