Com 57 votos, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito nesta segunda-feira (1°), em primeiro turno, presidente do Senado Ele e Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos, eram os únicos candidatos.
Na tarde do mesmo dia, os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP) desistiram de suas candidaturas para apoiar a emedebista. Como na Câmara, o governo Bolsonaro trocou votos por cargos na administração pública e distribuiu verbas em troca de apoio.
Em um cenário inusitado, Pacheco era o candidato do presidente Jair Bolsonaro, do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de parcela importante da oposição, principalmente PT e Rede.
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Ao contrário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que foi traído em seu próprio partido, Alcolumbre articulou a candidatura. E se despediu vencedor no processo, que não registrou grandes embates.
Pacificação
Segundo ele, seu trabalho à frente da Casa resultou na pacificação do Senado, na conciliação entre os três poderes da República e votação “recorde” de matérias em 2020, ano de pandemia de covid-19. Ele afirmou ter sido “inesgotável” o esforço para construir consensos e ampla maioria.
Alcolumbre destacou a aprovação das “novas fronteiras digitais”, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, “uma importante legislação para combater a produção de fake news”, disse antes da votação.