O Ministério das Relações Exteriores do Panamá determinou nesta quinta-feira (04/02) a retirada de credenciais de Fabiola Zavarce, que atuava no país como "embaixadora" da Venezuela após ser nomeada pelo ex-deputado Juan Guaidó e reconhecida pelo governo local, em 2019. Em janeiro daquele ano, Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela, em um movimento para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.
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A decisão anula o reconhecimento feito pelo governo panamenho há dois anos.
"No dia 8 de janeiro de 2021, foi solicitado à senhora Fabiola Zavacare a devolução formal das credenciais diplomáticas que a acreditavam como embaixadora da República Bolivariana da Venezuela na República do Panamá", disse a chancelaria em nota.
Ainda segundo o Ministério, a medida já foi informada ao Executivo do país, bem como às demais "missões diplomáticas, escritórios consulares e organismos internacionais".
Zavarce havia recebido suas credenciais do então presidente panamenho Juan Carlos Varela em março de 2019, pouco depois do país ter reconhecido o ex-deputado Juan Guaidó como presidente da Venezuela.
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A medida do Panamá, apesar de enfraquecer influências de Guaidó na região, não anula o reconhecimento do país à suposta autoridade presidencial do ex-deputado.
Entretanto, a decisão vem em meio a uma série de revezes que atingem Guaidó e seus aliados, que se negaram a participar das últimas eleições legislativas na Venezuela e apostam na derrubada do governo de Nicolás Maduro.
Desde janeiro, o opositor perdeu seu mandato na Assembleia Nacional, deixou de contar com o apoio de Trump e viu a União Europeia não reconhecê-lo mais como presidente interino.