Médicos e médicas residentes atuantes na Clínica Médica do Hospital São Paulo, vinculada à Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, entraram em greve nesta terça-feira (9). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, uma vez que até mesmo os medicamentos básicos para o tratamento dos pacientes estão em falta.
O Hospital São Paulo, um dos quatro grandes hospitais da cidade, é responsável por atender a população da Zona Sul da capital, e enfrenta uma crise financeira que levou ao desabastecimento até de medicamentos, dificultando que os médicos exerçam seu trabalho.
A crise, que tem afetado, inclusive a alimentação dos pacientes, motivou a greve dos médicos residentes atuantes na Clínica Médica do Hospital São Paulo vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), nesta terça.
Mateus Franco, médico residente do segundo ano, afirma que a situação é crítica. Faltam materiais para os médicos, como luvas, e medicamentos dos mais básicos até os mais específicos para os pacientes.
Segundo Ronald Ferreira Junior, presidente da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina, explica que as dificuldades no hospital não começaram agora. Ele conta que a diretoria do Hospital São Paulo justifica que todo ano há um reajuste salarial dos trabalhadores contratados, mas o recurso recebido do governo Federal tem sido o mesmo há anos.
Na sexta-feira, outras áreas do hospital prometem aderir à greve. Franco explica que mesmo com a paralisação, o trabalho continua com 30% da equipe. A greve dos médicos residentes da Clínica Médica não tem data para terminar. Já as outras áreas pretendem parar por 10 dias.
Em nota o Hospital São Paulo reconhece o problema da falta de insumos e promete resolver o problema o mais rápido possível.
Confira a reportagem completa e todos os destaques no áudio acima.
*Com informações de Larissa Bohrer.
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Edição: Mauro Ramos