O chargista e cartunista Gilmar Luiz Tatsch, conhecido como Tacho, que lutava contra um câncer de fígado há cerca de quatro anos, morreu nesta terça-feira (9), pela manhã, no Hospital Regina, de Novo Hamburgo, onde estava internado desde o dia 6. Natural de São Leopoldo, com 61 anos de idade e mais de três décadas de carreira, ele publicava no Correio do Povo e nos jornais do Grupo Sinos. Após sua morte, entidades, comunicadores e cartunistas manifestaram homenagens e apoio a seus familiares.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) lembrou sua trajetória: “Tacho era irreverente, sua inquietude, sensibilidade, senso de oportunidade, bom humor e inteligência fazem parte de cada texto e traçado único em 30 anos de carreira. Parte dessa arte pode ser conferida no Almanaque do Tacho – textos & traços, da editora Sinopsys. Ele foi chargista nos jornais NH, VS, Diário de Canoas, Jornal de Gramado, Diário de Gravataí e Diário de Cachoeirinha, do Grupo Sinos, além do jornal Correio do Povo. Profissional destacado, em 2015 recebeu o prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, promovido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul e OAB. Suas charges e outros trabalhos gráficos lhe renderam 21 prêmios da Associação Rio-Grandense de Imprensa – ARI”.
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) também lamentou a morte do chargista e cartunista. “Tacho recebeu vários reconhecimentos ao longo da carreira. Presença constante entre os finalistas do prêmio ARI, ele venceu na categoria Charge a edição de 2020, com ‘Militares na Saúde’”, recordou a Associação.
Charge de Tacho vencecedora do prêmio ARI de 2020 / Reprodução Facebook ARI
O professor, cartunista e diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Augusto Schröeder, publicou uma caricatura em homenagem ao colega e disse: “Das brincadeiras que fazíamos na redação do Correio do Povo, eu e o Tacho, a mais comum era desenhar caricaturas nossas e dos colegas. Esta aí surgiu automaticamente ao registrar a sua prematura e desnecessária morte”.
Caricatura em homenagem ao Tacho / Reprodução Facebook Celso Augusto Schröder
O historiador e jornalista Juremir Machado da Silva disse que “Tacho era um homem de muito humor, uma inteligência fina que fazia rir” e lamentou a perda em “humor, inteligência e complexidade”.
Gilmar Luiz Tatsch deixa a esposa Nara e a filha Helena. O sepultamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (10), no Crematório e Cemitério Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.
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