As azaleias espantavam más memórias. Três anos! Passado terrível. O cheiro dela cativava. Eram 19h30 e ainda fazia sol. Tinham todo o tempo do mundo. E, ele se desafiaria.
– Não vai ficar com medo?
– Não…! Como prometi, vou com você.
Ele não gostava de ser julgado assim.
– É por aqui – Ela arrombava a porta e os passarinhos revoavam, espantando fantasmas. A casa era linda e velha, parecendo esconder tesouros. Quando criança sempre estavam lá com o Artífice, o velhinho bonzinho que fazia fantasias, ventríloquos e máscaras. Ele morrera sem ninguém. Especulavam sobre os filhos. Mas eles dois sempre achavam que eram os verdadeiros herdeiros.
– Olha esse quarto! Ainda maravilhoso! – ela vestia uma máscara de elefante. Os rancores passavam e de alguma forma a via diferente. Suas inseguranças se desvaneciam. Ela era honestamente triste. E, nisso tomava o chapéu verde de Peter Pan e tocava a flauta doce.
– Quem é você? – ela gritava regozija, como se um encanto fora renovado.
E o terrível e o gozo saudavam a fina película do algoritmo do humano.