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Artigo | Mulheres do PSOL farão um março forte e feminista para derrotar Bolsonaro

Parlamentares e filiadas feministas do PSOL se preparam para o mês tradicional de luta por igualdade de gênero

São Paulo (SP) |
A necropolítica genocida de Bolsonaro exige que construamos um polo firme e contundente de oposição - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A pandemia da covid-19 está há quase um ano espalhando terror e miséria pelo Brasil e pelo mundo. A recente agudização da situação sanitária no nosso país mostra que estamos muito distantes de um desfecho para esta catástrofe humanitária.  A necropolítica genocida de Bolsonaro e seu governo em relação à crise sanitária, econômica, ecológica e social exigem que construamos um polo firme e contundente de oposição, baseado em muita responsabilidade política e senso de justiça social.

Justamente pelo agravamento do cenário nos últimos meses, resultante da política nefasta do governo federal, é que nós, da setorial nacional de mulheres do psol, entendemos que o 8 de Março de 2021 deve ter como centro a luta pelo impeachment de Bolsonaro, medida urgente para a garantia da vida das brasileiras e brasileiros. Somado a isso, temos que levantar as bandeiras da luta em defesa da vida das mulheres, tão impactadas pelo aumento da violência e do feminicídio; a exigência de uma renda básica justa e de vacinação pública e universal para todos.

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A violência de Estado segue atravessando as vidas das mulheres negras e das periferias. O desaparecimento forçado, o assassinato de crianças e jovens pelas ações policiais nos territórios e o encarceramento em massa se aprofundam, como parte da política de morte operada pelo governo Bolsonaro. Seguimos em luta pelo desencarceramento e o fim do genocídio do povo negro.

A luta das mulheres é, desde o ELE NÃO em 2018, o estandarte da oposição a este governo de retrocessos. Já naquele momento pautamos o Fora Bolsonaro e será através do movimento feminista que contribuições imprescindíveis para a mobilização nacional pela deposição deste presidente de irresponsabilidade sem precedentes se concretizará. A vitória da luta das mulheres argentinas e sul-coreanas, que recentemente conquistaram a legalização do aborto em seus países, demonstram que o feminismo segue tendo força e devem servir de combustível para nossas lutas no Brasil.

As eleições de 2020 comprovaram que nós seguimos avançando na conquista de mais espaços políticos. No entanto, à medida que mais mulheres, em especial negras, periféricas e LBTs, se propõem a ocupar a política institucional, a violência política recrudesce, ameaçando cada vez mais a democracia e a vida dessas parlamentares e ativistas. Por isso, reafirmar o 14 de março, data em que completamos 3 anos do assassinato de Marielle Franco, como ponto crucial no nosso calendário é indispensável para a luta por justiça e contra a violência política de gênero. A luta das mulheres não será interrompida!

Reivindicamos:

I) Fora Bolsonaro – impeachment já!

II) Pela vida das mulheres, contra as violências institucional, doméstica, contra o feminicídio e todas as formas de opressão do patriarcado;

III) Vacina para todas e todos já! – Nós queremos viver;

IV) Justiça para Marielle Franco – Quem mandou matar Marielle e Anderson?

V) Renda justa – o básico tem que ser permanente: garantir que cada brasileiro e brasileira tenha uma renda mínima para sobreviver;

VI) Construção das frentes amplas unitárias convocadas nas cidades, estados e nacionalmente para impulsionar as ações e campanhas pelo 08 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres. Em tempos de necessário distanciamento social, nossa unidade é fundamental para derrotar Bolsonaro;

VII) Não seremos interrompidas: contra a violência política de gênero, pelo fortalecimento da defesa da vida de todas as mulheres ativistas e parlamentares;

VIII) Em defesa do SUS público e universal e pelo respeito e valorização das trabalhadoras da saúde;

IX) Pela garantia dos direitos reprodutivos das mulheres e pela legalização do aborto no Brasil;

X) Pelo desencarceramento, o fim do genocídio do povo negro e justiça para as vítimas da violência de Estado.

* Setorial Nacional de Mulheres do PSOL

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Rogério Jordão