Disputa

Senado adia discussão da PEC Emergencial e frustra governo Bolsonaro

Medida está cercada de controvérsias porque afeta verbas de saúde e educação

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Divergências em relação ao conteúdo da PEC Emergencial envolvem não só oposição, mas também membros de outros partidos - Jefferson Rudy/Agência Senado

Em um ato de frustração para o governo Bolsonaro, o Senado adiou a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, a “PEC Emergencial”, que estava agendada para iniciar nesta quinta (25).

Por conta das polêmicas em torno do texto, que acaba com o piso de gastos nas áreas de saúde e educação, a sessão plenária se encerrou sem começar a leitura do parecer do relator, Márcio Bittar (MDB-AC).

O texto enfrenta críticas não só de parlamentares de oposição, mas também de membros de outras siglas e de variadas entidades civis, que pressionaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pelo adiamento.

Agora, a proposta deve começar a ser debatida no plenário somente na próxima terça-feira (2), que, anteriormente, seria o segundo dia de discussão sobre o conteúdo da PEC.

Segundo o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), a votação do texto segue mantida para a próxima quarta (3).

Mas o novo calendário, que impõe uma redução do tempo de debate, deve enfrentar resistência política. De acordo com o emedebista, uma outra versão do relatório deve ser apresentada na segunda (29).

A notícia veio após a pressão do PT e de outros partidos para que o parecer fosse enviado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado no plenário.

Diante das chances de aprovação da ideia, os aliados de Bolsonaro recuaram e acabaram concordando com o adiamento da leitura do texto nesta quinta.

Edição: Leandro Melito