O laboratório argentino Richmond assinou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto (RDIF) da Rússia para começar a produzir a vacina Sputnik V contra o coronavírus.
O país latino-americano já recebeu quatro levas da vacina, com voos realizados pela estatal Aerolineas Argentina e, agora, poderá começar a fabricá-la em seu próprio território.
A informação foi divulgada pela própria empresa farmacêutica, que anunciou a assinatura do acordo realizada na cidade de Moscou, por Tagir Sitdekov, representante da RDIF, e o presidente da Richmond.
:: Paraísos fiscais ocupam 4 das 5 primeiras posições no ranking de vacinação da covid ::
Desde dezembro, a campanha de vacinação foi iniciada na Argentina com a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, alçando o país como um dos pioneiros na América Latina a imunizar sua população contra a covid-19.
Até esta sexta-feira (26), o país registra 903.915 aplicações da vacina; dessas, 283.280 pessoas receberam as duas doses necessárias para completar a imunização.
:: Saiba mais: Argentina terá quarto voo a Moscou para mais uma leva da vacina Sputnik V ::
Essa negociação já ocorre há alguns meses. Em fevereiro, o diretor geral do RDIF, Kirill Dmitriev, já havia anunciado que a Argentina seria um país produtor da Sputnik V em potencial, pontuando que deveriam ser previstas a capacidade de produção no país ao incluir “contratos com alguns produtores”.
O laboratório Richmond está localizado no município de Pilar, na província de Buenos Aires, e lançou recentemente um investimento de 80 milhões de dólares projetado para os próximos cinco anos.
Argentina produtora de vacinas contra covid-19
A Argentina já tem um contrato para produzir outra vacina contra a covid-19, com a Oxford/AstraZeneca. O acordo consiste na produção da matéria-prima da vacina no laboratório mAbxience, na Argentina, e o lote é enviado ao México, onde o laboratório Liomont dá seguimento ao processo produtivo para, posteriormente, distribuir para toda a região.
:: Um ano de covid-19 no Brasil: da gripezinha à tragédia anunciada ::
A Argentina enviou dois lotes da substância ativa ao México, equivalente a 12 milhões de doses.
No dia 17 de fevereiro, a Argentina também recebeu o primeiro lote de 580 mil doses da Covishield, através de um acordo com o fabricante da vacina, Instituto Serum, da Índia.
Edição: Leandro Melito