Situação Crítica

Sociedade Paulista de Infectologia recomenda que governadores determinem lockdown

Organização afirmou que se cenário continuar do modo em que se encontra, haverá colapso da saúde

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Com um ano de pandemia, Brasil entra na lista das três nações com os piores números - Michel Dantas/ AFP

A Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) publicou, no último sábado (27), uma nota na qual expressa preocupação com a situação da pandemia de covid-19 no Brasil, mais especificamente no estado de São Paulo.

Segundo dados do Conselho de Secretarias Estaduais da Saúde (Conass), o país registrou nos últimos sete dias a média de 1.205 mortos por covid-19. Em números absolutos, São Paulo segue concentrando a maior quantidade de vítimas. Até agora, foram 59.492 óbitos.

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No documento, a SPI afirma que “há uma total desconexão da vida cotidiana com a realidade da pandemia”. A organização explica que o fato de o Brasil ter novas variantes em circulação, somado à ausência de um programa nacional efetivo de imunização, bem como de medidas de prevenção e controle, coloca o país em um outro patamar de risco. 

“Pacientes graves têm alta taxa de morte e graves sequelas a despeito dos melhores recursos assistenciais. Que dirá em meio ao caos em que até oxigênio pode faltar? Na prevenção, uma vacinação lenta, em recortes populacionais, está fadada a não resultar em proteção efetiva em tempo oportuno”, afirma a organização em nota. 

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A SPI também defende que nesse ritmo, em que marcas expressivas de óbito e infectados ocorrem em intervalos cada vez mais breves, não podemos ter outro cenário em mente, se não, o colapso da saúde. E em meio ao caos não há vida, não há economia, não há nada além do que o incerto”.

Diante do cenário, a SPI recomenda aos governadores e ao presidente da República que concretizem as medidas de segurança entre a população, como lockdown, restrições maiores a serviços não essenciais, toque de recolher prolongado, testagem em massa e rapidez na vacinação.

Clique aqui para ler a nota na íntegra.
 

Edição: Rebeca Cavalcante