O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde estreou nesta sexta-feira (5), a coluna de análise política semanal, Plenos Poderes, com o jornalista Rodrigo Vianna. Nesta primeira conversa, Vianna abordou a postura de Jair Bolsonaro na semana em que o Brasil registrou um recorde no número de mortes por covid-19 em 24 horas.
“Chega de frescura e mimimi. Vão ficar chorando até quando?” disse Bolsonaro sobre a covid-19 na quinta-feira (4), dia seguinte ao recorde de mortes pela doença no país. "Bolsonaro ficou completamente na defensiva porque o Brasil está chegando perto de 2 mil mortes em 24h, e pra completar no meio desse terror de UTIs lotadas e o governo federal sem nenhuma ação, o filho do Bolsonaro vira notícia pela compra de uma mansão de R$ 6 milhões, sem origem financeira que possa justificar essa compra", afirmou Vianna.
O analista também comentou os diálogos divulgados essa semana entre procuradores da Lava Jato, que reforçam a tese de parcialidade em relação aos casos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Vianna, as revelações acontecem num cenário de fortalecimento da figura do ex-presidente: "Lula pode voltar pro jogo, dependendo da decisão próxima do STF, e talvez não como candidato mas como forte apoiador e articulador de uma candidatura de oposição a esse descalabro que vivemos no Brasil". Confira a coluna Plenos Poderes a partir do minuto 21.
Ouça também a denúncia de comitês e movimentos ligados à população em situação de rua em São Paulo em relação ao retorno à fase vermelha do Plano São Paulo a partir deste sábado (6).
O coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Anderson Lopes Miranda, afirma que a vontade do governo em estimular as pessoas a ficarem em casa, não se aplica a quem não tem casa. Segundo Anderson, se medidas mais concretas de segurança fossem tomadas, não haveria tantas pessoas nas ruas à mercê da própria sorte.
Procurada, a prefeitura de São Paulo esclareceu que de 2020 para cá mais de 2 milhões de refeições e 3 mil kits de higiene foram distribuídos, além da disponibilidade de funcionários para orientar sobre a higienização das mãos, nos pontos das pias comunitárias instaladas na cidade. Chuveiros e pias estão espalhados em pontos no Centro de São Paulo, como parte do projeto Vidas no Centro.
Porém, Robson Mendonça presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, avalia que disponibilizar banheiros que têm hora para abrir e fechar, além de poucos pontos para distribuição de alimentos, favorecendo a aglomeração de pessoas, não contribui para evitar tumultos.
Confira essa reportagem e o jornal completos no áudio acima.
Edição: Mauro Ramos