A greve dos petroleiros entrou no segundo dia seguido neste sábado (6). Protestos foram realizados em diferentes unidades da Petrobras pelo país, como no Espírito Santo, na Fazenda Alegre (EFIN), na Bahia, na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), e no Amazonas, na Refinaria de Manaus (REMAM). Nesta última, os trabalhadores enfrentaram um forte aparato policial. Foram oito viaturas da Polícia Militar da Bahia e 40 policiais.
O movimento de paralisação começou nesta sexta-feira (5) e segue por tempo indeterminado. O objetivo é denunciar o assédio moral da empresa a seus trabalhadores. Os petroleiros denunciam jornadas exaustivas, exposição e contaminação ao novo coronavírus e transferências compulsórias.
Segundo Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Trabalhadores (FUP), “a greve se faz necessária porque a gestão da Petrobras insiste em não negociar pontos sensíveis para a nossa categoria. Sempre estamos dispostos à negociação e ao diálogo, mas, infelizmente, a empresa não tem valorizado essa característica”.
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O coordenador ainda afirmou que “mesmo quando propõe mesas de negociação, a Petrobras ignora nossas reivindicações e não faz contrapropostas”.
No dia 12 de fevereiro, o Brasil de Fato publicou denúncias de trabalhadores de plataformas e refinarias da estatal que acusam a empresa de negligência e subnotificação de casos de covid-19. Até aquele dia, a FUP contabilizou 60 mortes. Na ocasião, a Petrobras informou apenas os dados do dia 8 de fevereiro, quando foi questionada: 161 casos confirmados em acompanhamento. A estatal tem 45 mil empregados.
Edição: Mauro Ramos