O maracujá da Caatinga é nativo do Semiárido Brasileira e resistente à seca
Fruto da planta passiflora, o maracujá é bastante conhecido por seus efeitos calmantes. Quem nunca recorreu ao suco da fruta para tentar dormir melhor? No entanto, essa capacidade de acalmar os ânimos não é restrito ao maracujá amarelo.
Uma outra variedade, conhecida como maracujá da caatinga ou do mato, também tem o poder de ajudar a aliviar o estresse do dia a dia, como explica a nutricionista funcional Pamela Terra.
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“O maracujá é oriundo da planta passiflora, então todos eles desempenham uma ação calmante. Essa propriedade fica principalmente nos caules e nas folhas; na sua polpa amarela também tem um pouco, visto que ela contém flavonoides e alcaloides. Mas a maior concentração desses ativos fica nos caules e nas folhas”, explica.
De cor esverdeada e com sabor levemente mais doce e ácido que o maracujá comum, o maracujá da Caatinga é nativo do semiárido brasileiro, resistente à seca e a diversas pragas que atingem a variedade amarela da fruta.
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Pamela também conta que as propriedades nutricionais das duas variedades são bem parecidas. “Todos são ricos em vitamina C, ricos em sais minerais, principalmente magnésio, eles tem pouquíssimo açúcar, bastante fibra, principalmente naquela polpa branca”.
Por seu sabor doce e ácido, o maracujá da caatinga vai bem em diferentes preparações, da sobremesa ao prato principal.
“O gosto do maracujá da caatinga é um pouquinho mais ácido, discretamente mais doce do que o maracujá amarelo. Ele combina com vários tipos de preparações, seja na forma de doces, seja como molhos para acompanhar preparações salgadas, dá para misturar a própria polpa da fruta para fazer um suco, para bater com um iogurte, para comer pura; é bem versátil”, destaca a nutricionista.
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Além disso, é possível fazer uma farinha da polpa da fruta que pode ajudar a controlar os níveis de glicemia do nosso organismo.
“A farinha de maracujá desempenha uma ação um pouco hipoglicemiante, ela reduz um pouco a absorção de carboidratos, porque forma um gel no nosso estômago. Então, é indicada para quem é diabético, para quem tem uma resistência à insulina, usar a farinha de maracujá em algumas preparações para reduzir um pouco glicemia”, acrescenta.
Edição: Douglas Matos