Os conhecimentos envoltos no oficio de quebrar coco costumam ser transmitidos oralmente
O programa Bem Viver desta terça-feira (23) realça a herança cultural e natural do babaçu para o Brasil. Essa árvore típica do chamado Meio-Norte brasileiro - zona de zona de transição entre as regiões amazônica e semiárida - fonte de azeite, carvão, sabonetes e até mesmo artesanatos.
O babaçu também garante o sustento de trabalhadoras conhecidas como "quebradoras de coco", responsáveis por extrair o material oleaginoso do interior da casca.
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Outra espécie vegetal em destaque é o buriti. No quadro Mosaico Cultural, o destaque é para os brinquedos feitos de miriti, a fibra do buritizeiro. A tradição artística paraense com os brinquedos de miriti retrata a diversidade da flora e fauna amazônica de forma sustentável.
A edição ainda conta com o resgate de uma entrevista exclusiva com a pesquisadora Larisssa Bombardi, especialista em agrotóxicos. Recentemente, ela anunciou sua saída do país devido as ameaças que vinha sofrendo.
O Bem Viver ainda falou sobre o aumento dos casos de insônia no período de pandemia e como driblar as noites de sono ruim.
Quebradeiras de coco
Você conhece o babaçu? Essa é uma das árvores mais famosas do estado do Maranhão, cujo seus frutos extremamente nutritivos são capazes de se tornar óleo, sabonetes e até mesmo azeite.
Um grande benefício do babaçu é garantir matéria prima para o ofício das quebradeiras de coco, um saber tradicional transmitido oralmente entre gerações.
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Eunice da Conceição é uma das coordenadoras regionais do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), atuando na região de Imperatriz, no sul do Maranhão. A líder sindical é conhecida na região por sua atuação em prol do meio ambiente e dos direitos das mulheres.
"No tempo dos meus avós, eles achavam que as mulheres jovens não tinham que saber ler, tinham que ficar sem saber de nada. Mas nós temos nossos direitos sim. Se a gente quiser ser prefeita, vereadora, governadora. O que a gente quiser, a gente tem direito. Como pobre, como quebradeira de coco e como trabalhadora rural. Nada para a gente é tarde”, afirma Eunice repleta de orgulho.
Cientistas em perigo
A pesquisadora Larissa Bombardi, membro do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), anunciou através de uma carta pública que pretende deixar o país em decorrência de ameaças frequentes sofridas por ela e sua família.
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Segundo a pesquisadora, a situação ficou insustentável desde 2019, quando ela publicou o livro "Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia".
O Bem Viver resgatou uma entrevista de arquivo da cientista destacando a questão dos agrotóxicos e os efeitos destrutivos da agricultura moderna à biodiversidade.
Insônia
Você teve dificuldade para dormir nesse período pandêmico? Essa realidade aumentou no planeta desde a chegada da covid-19. Para se ter ideia, a palavra "insônia" foi uma das mais pesquisada em sites de busca da internet como o início de anormalidade sanitária no mundo.
Por isso, a edição reservou um espaço para abordar métodos de driblar uma noite mal dormida e buscar um sono regular.
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Cores vivas
Brincar é adentrar o universo dos sonhos, onde os brinquedos são como um convite para a imaginação de crianças e adultos. No estado do Pará, os brinquedos de miriti são tradicionais. Feitos de forma artesanal, a confecção dos objetos envolve um conhecimento transmitido entre gerações.
Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver
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Edição: Daniel Lamir
