A fim de promover medidas que garantam dignidade a essa população, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), junto à Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, enviou carta-manifesto com 20 ações urgentes em defesa das famílias agricultoras.
Edjane Rodrigues, secretaria de políticas sociais da organização, afirma que as 20 medidas tentam contemplar os diferentes problemas enfrentados em cada região. No Acre por exemplo, segundo Rodrigues, inúmeras famílias tiveram suas colheitas prejudicadas por conta das inundações. Por outro lado, a região Nordeste está sofrendo com a seca, e precisa da construção de cisternas para garantir água potável para todos.
A falta de atuação do governo federal não apenas em combater o coronavírus, mas também em estabelecer meios que garantam renda à população, gera medo e incertezas para as famílias agricultoras. Seu Neuzo Antônio de Oliveira, que é apicultor e morador no município de Cáceres (MT), teve seu apiário queimado. Sua família foi uma das dezenas que tiveram seu trabalho parcial ou totalmente atingido pelas intensas queimadas que ocorreram ano passado no Pantanal.
Além de não receber o auxílio emergencial, o apicultor explica que está preocupado com o futuro das famílias da região, "pois, com as queimadas os mananciais secaram, e sem água, não tem abelha e, portanto, não tem mel. Mas também, não tem pecuária, ou granja, ou plantações", explica.
O deputado Heitor Schuch, presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o manifesto enviado na última sexta-feira (19), possui medidas que englobam todas as características de cada região e que agora é buscar apoio para concretizar essas medidas.
*Com informações de Larissa Bohrer.
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Edição: Mauro Ramos
