O Instituto Butantan anunciou, nesta sexta-feira (26), o início dos procedimentos para testagem e desenvolvimento da vacina 100% nacional contra a covid-19. É uma estrondosa vitória da ciência e da pesquisa brasileiras.
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Outros centros realizam estudos para o desenvolvimento no Brasil de imunizantes contra a covid. O maior entrave enfrentado, como sempre, é a falta de financiamento público que é histórica no Brasil, mas que se aprofundou com o acelerado desmonte do estado e austericidio exigido pelo capital financeiro.
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O anúncio da Butanvac agitou o noticiário e anima a imensa parcela da população que sabe que a terra não é plana e que tem buscado, a despeito da sabotagem do genocida, seguir as orientações da ciência mesmo num quadro em que o Bolsonaro tudo faz para criar o caos, principalmente ao negar o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 e socorrer pequenos negócios para viabilizar efetivo isolamento social.
João Doria, cujo único "mérito" é mostrar não ser terraplanista, mais uma vez busca surfar os acertos do Instituto Butantan e da ciência a fim de se firmar como alternativa para o eleitorado que foi enganado por Bolsonaro com grande ajuda do tucano, da Globo, da Faria Lima e de muita gente que agora tenta se distanciar do capitão.
Conhecido entreguista e adulador do rentismo, o cínico Doria precisa explicar sua tentativa de confiscar os fundos públicos destinados à ciência, pesquisa e universidades e, principalmente, porque no início de seu governo viajou o mundo para oferecer, na bacia das almas, o centenário Instituto Butantan e outras instituições públicas fundamentais para o Estado de São Paulo e o Brasil.
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A Butanvac é a demonstração cabal da importância não apenas da ciência e da pesquisa, mas, assim como o SUS, de que o Estado e o serviço público não podem cair nas garras do mercado, o verdadeiro deus de Bolsonaro, Doria, Guedes, Moro, Hulk, Leite, Mandeta e toda essa escumalha.
*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Rebeca Cavalcante