Com um teto de gastos de R$ 1,48 trilhão e destinando R$ 2 trilhões para o pagamento da dívida pública, o Orçamento 2021 foi aprovado, nesta quinta-feira (25), no Congresso Nacional, com apenas uma categoria tendo aumento previsto: os militares.
Entenda o contexto: Orçamento 2021 é aprovado com cortes em áreas centrais para o combate à covid-19
Serão R$ 7,1 bilhões gastos com reajustes para a categoria, e o orçamento aprovado prevê ainda R$ 8,32 bilhões em recursos para o Ministério da Defesa. Todos os outros servidores públicos do país tiveram os salários congelados com a aprovação da PEC Emergencial por deputados e senadores.
A deputada federal Fernanda Melchionna (Psol), segundo a Agência Senado, criticou a prioridade dada nos investimentos, o dinheiro está indo “para o Ministério da Defesa comprar submarinos, enquanto as pessoas estão morrendo sem leitos, sem oxigênio, sem vacina”.
Leia também: Militares deixaram de ser vistos como o lado racional do governo, diz pesquisador
O deputado Jorge Solla (PT-BA) também questionou o gasto: "Está faltando medicamento e oxigênio. Como é que, na maior tragédia sanitária, cortam-se R$ 36,1 bilhões da Saúde na comparação com o Orçamento de 2020?".
Até o deputado federal Kim Kataguiri (DEM) criticou a inversão de gastos com funcionários públicos. "O que mais choca foi o Parlamento ter aprovado, no meio da pandemia, congelamento de salário de professor, médico e enfermeiro, enquanto a peça orçamentária concede aumento de salário para militares. Estamos dando aumento de salário no meio da crise para quem nem sequer está enfrentando a pandemia”, disse, de acordo com a Agência Senado.
Edição: Rebeca Cavalcante