Censura

Maduro fala em 'totalitarismo digital' após ter conta no Facebook bloqueada

Ministério da Comunicação venezuelano afirmou que medida viola direito à informação de interesse público

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Segundo a nota "não é a primeira vez que o Facebook bloqueia o mandatário" - Presidencial Venezuela/Twitter

O Ministério de Comunicação e Informação da Venezuela repudiou o bloqueio, por 30 dias, do perfil oficial do presidente venezuelano Nicolás Maduro no Facebook. 

"A medida viola o direito de 1.200.000 usuários da referida conta de acessar informações precisas e oportunas no país, e fere os artigos 57 e 58 da Constituição do país sul-americano", disse o ministério um comunicado.

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A nota afirma que não é a primeira vez que o Facebook e seus associados (WhatsApp e Instagram) se utilizam do direito de silenciar e sancionar, a seu critério, os conteúdos que o presidente publica diariamente "relacionados às políticas de Estado e de alto interesse público para a Venezuela e para o mundo".

A justificativa para o bloqueio, nesta ocasião, foi o fato de o mandatário ter apresentado publicamente o Carvativir, um retroviral de desenvolvimento e produção nacional, junto de seu plano de distribuição massivo e gratuito em todo o país.

Segundo o ministério, “isso constitui não apenas atos de censura, típicos de uma nova ditadura da mídia, mas também evidencia uma extensão do bloqueio e boicote que o império norte-americano aplica ilegalmente contra nosso povo para consumar a chamada 'mudança de regime' por força".

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A emissora de televisão estatal Telesur afirmou que antes de os administradores da conta de Maduro fossem informados da decisão do Facebook, que é confidencial e privada de acordo com os regulamentos da própria empresa, a informação foi fornecida sem consentimento à agência de notícias Reuters. 

“É evidente, e denunciamos, que estamos testemunhando um totalitarismo digital, exercido por empresas supranacionais que querem impor suas leis aos países do mundo”, detalhou a nota.

"Nesse sentido, como República crente e praticante dos mais elevados valores democráticos e tributários da Declaração Universal dos Direitos Humanos, deploramos as ações unilaterais da empresa Facebook, em detrimento da liberdade de expressão do presidente e de seus usuários", destacou o ministério.
 

(*) Com informações da Telesur.