Na última semana de março estourou uma grave crise política dentro do governo Bolsonaro.
O senado vinha exigindo a saída de Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, função que ele destruiu e na qual ele isolou ainda mais o Brasil no cenário internacional.
O que ocorreu desde o dia 29 de março mostrou as intenções autoritárias de Bolsonaro. Uma reforma ministerial feita para ceder às pressões do centrão que, por sua vez, responde a um setor empresarial que ainda não quer derrubar Bolsonaro, apenas quer o cão domesticado.
O comando das Forças Armadas, por sua vez, se recusou a aventuras golpistas, retirando-se do governo, um sinal importante, ainda assim não cabe o raciocínio de que Bolsonaro estaria enfraquecido, pois maneja e depura seu gabinete conforme seus interesses.
O capitão recua atirando e, com isso, a crise se agrava, uma vez que os assuntos essenciais (vacina, auxílio emergencial, empregos e custo de vida) não são debatidos.
Num cenário de calamidade institucional, sanitária e econômica, no marco de 57 anos do golpe militar, denunciamos a constante ameaça dos golpistas, inclusive por meio da proposta de "estado de mobilização nacional", feita pela liderança do governo no Congresso.
Seguiremos denunciando: Bolsonaro é um genocida e precisa ser retirado do poder.