O número de mortes entre profissionais da saúde aumentou 25,9% em meio à pandemia do coronavírus no Brasil.
Segundo levantamento que reúne dados dos cartórios brasileiros, 5.798 trabalhadores e trabalhadoras do setor perderam a vida desde março do ano passado no Brasil.
Levando-se em consideração apenas os dois primeiros meses deste ano - em comparação ao início de 2020 - a alta já alcança 29%. Se a tendência de crescimento for mantida, até o fim do ano o país terá perdido quase 8 mil profissionais.
Os dados são relativos a profissionais das áreas de biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, odontologia, psicologia, radiologia, nutrição, gestão hospitalar, estética e cosmética e ciências biológicas.
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Entre médicos e médicas, houve crescimento de 28,8% em relação a 2019 e 35% em comparação entre janeiro e fevereiro de 2020 e de 2021. Mais de 690 profissionais com essa formação morreram ao longo da emergência sanitária e o número pode superar a marca de mil óbitos até o final do ano.
Na análise de óbitos apenas de profissionais de enfermagem observou-se aumento de 32% ao longo da pandemia e 24% nos dois primeiros meses deste ano. O total de mortes está próximo a 2 mil.
Os maiores patamares de óbitos entre trabalhadores e trabalhadoras da saúde foram registrados no Rio de Janeiro (1.596 falecimentos), em São Paulo (1.563 falecimentos) e no Paraná (692 falecimentos).
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Nem todos os óbitos foram causados diretamente pela covid-19, mas o número de profissionais do setor que morreram em decorrência da infecção pelo coronavírus também é alto e passa de 1,4 mil.
As informações serão disponibilizadas no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados que recebe informações em tempo real de todos os cartórios de registro do Brasil. A iniciativa é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
Edição: Leandro Melito