O Setor Democrático e Popular (SDP), um grupo formado por partidos moderados e radicais e organizações sociais no Haiti, recusou-se no último sábado (3) a estabelecer diálogo com o governo ilegítimo do país, em meio a uma aguda crise sócio-política.
Em um comunicado à imprensa, o SDP afirmou que ficou chocado "ao saber do massacre perpetrado em Bel Air pelos bandidos da organização criminosa chamada famílias G9 e Aliados, na tarde de 1 de abril de 2021".
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Ao também responsabilizar o presidente ilegítimo haitiano, Jovenel Moïse, a plataforma apontou que "a população haitiana, particularmente nos bairros desfavorecidos, continua sendo uma presa desses grandes predadores do direito à vida".
El amigo Danny Shaw, desde el mismísimo corazón de Puerto Príncipe, desde donde se congregaron hoy las multitudes que nuevamente se movilizaron contra la dictadura de @moisejovenel. Mañana, en el aniversario de la Constitución democrática del 87, será otro tanto! https://t.co/VGoOvTecet
— Lautaro Rivara (@LautaroRivara) March 29, 2021
Além disso, a organização denunciou o sequestro de um pastor e vários membros de uma igreja no distrito sul da capital, em uma Igreja Adventista em Diquini, no último 1º de abril, quando os sequestradores realizaram o crime sem qualquer preocupação.
Estes fatos levaram o Setor Democrático e Popular a considerar a Polícia Nacional Haitiana como uma instituição capaz de perseguir opositores políticos e sindicalistas, sem poder fazer nada para localizar bandidos e liberar as vítimas de sequestro, de acordo com a mídia local.
▶️En #Haiti continúan las protestas contra el gobierno de @moisejovenel
— En Clave Política (@EnClavePolitik) April 2, 2021
📌Hoy en @teleSURAgenda_A analizaremos la actual situación política en el país cuya crisis social se mantiene elevada por la violencia, el desempleo y escasez de insumos para atender la #pandemia https://t.co/3EwZa85YHl
Com relação ao diálogo com esta plataforma, o presidente Juvenal Moïse não emitiu nenhuma consideração a partir de sua conta no Twitter. Somente no último dia 24 de março, o mandatário disse nessa rede social que: "Não podemos negar as tensões e diferenças, elas existem. O importante é saber como administrá-los, olhá-los de frente e assumi-los. Em unidade, em um diálogo honesto e sincero".
Centenas de mulheres haitianas se manifestaram nas ruas da capital Porto Príncipe, no último sábado (3), contra o referendo promovido por Jovenel Moïse, que tem o objetivo de endossar a elaboração de uma nova Constituição.
¡Cuentas veces sea necesario!#haiti #nodictatorshipinhaiti #longlivehaiti #freehaiti pic.twitter.com/gN8WHyNyCK
— Lautaro Rivara (@LautaroRivara) March 29, 2021
Sobre a nova Constituição, o presidente haitiano disse, em sua conta no Twitter, que a Carta Magna de 1987 "consagrou muitas conquistas, mas já teve seu dia. Devemos ter a coragem de adotar outra que, através de arranjos futuristas, levará o Haiti a um regime político mais equilibrado e menos suscetível de causar instabilidade", insistiu Moïse.
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Sabine Lamour, coordenadora da plataforma de Solidariedade da Mulher Haitiana, disse à mídia local, também no sábado, que os últimos decretos emitidos pelo governante reduziram todas as instituições republicanas à sua expressão mais simples, a fim de construir um poder pessoal baseado na violência de gangues armadas, com o apoio da comunidade internacional.
3 Avril!@Gaelleactrice @NettyDuclaire pic.twitter.com/fCZPBTpNQq
— Pascale Solages (@PascaleSolages) April 3, 2021
*Notícia publicada por teleSUR.
Edição: teleSUR