Diversas entidades sindicais e movimentos sociais protestaram nesta quarta-feira (7) contra uma punição aplicada pela Petrobras ao coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
A justificativa dada pela estatal petrolífera foi a de que o trabalhador se envolveu e participou de uma greve na Refinaria Landulpho Alves (Rlam), o que fere o exercício legal do mandato sindical de Bacelar.
A direção colegiada da FUP divulgou nota na terça-feira (6) denunciando como "arbitrária e ilegal", a medida da Petrobras, que impôs 29 dias de suspenção ao sindicalista, no que foi classificado pela entidade como uma intimidação aos petroleiros e petroleiras do Brasil, atacando a principal liderança da categoria.
Ainda segundo a FUP, Bacelar vem denunciando os riscos aos quais os trabalhadores serão submetidos em consequência de uma venda da Rlam, na esteira dos processos de privatização.
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Outras organizações sindicais ligadas aos petroleiros, assim com entidades de outros ramos de atividade, expressaram solidariedade a Deyvid Bacelar. Foi o caso da FNP, que por meio de seu coordenador, Adaelson Costa, divulgou um vídeo condenando a atitude da gerência da Rlam.
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) também se manifestaram, denunciando as práticas antissindicais recorrentes nas unidades da Petrobras espalhadas por todo o país.
Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ressaltou que a atitude da direção da refinaria é um grave ataque à liberdade de organização sindical, contrariando direitos assegurados na legislação nacional e nas Convenções 98 e 135 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), das quais o Brasil é signatário.
*Confira mais detalhes na matéria do Sindicato Popular.