A Secretaria Geral da Presidência da Argentina oficializou nesta quarta-feira (7) a renúncia do salário como vice-presidenta de Cristina Kirchner (cerca de R$19.300). A Resolução 145/2021 foi publicada no Diário Oficial do país. No texto, é comunicada a decisão de Kirchner de "renunciar a perceber (receber) os haveres correspondentes ao cargo para o qual foi eleita, a partir de 1º de abril do corrente ano".
A ex-presidenta já havia anunciado sua decisão anteriormente, em uma carta enviada ao secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, uma vez que a Justiça concedeu sua aposentadoria correspondente aos dois mandatos cumpridos na Presidência da Nação (2007-2011 e 2011-2015).
"Ainda que, de acordo com a regulamentação vigente, tenha o legítimo direito a perceber meus haveres como vice-presidenta da Nação, é minha decisão renunciar ao mesmo", afirmou Kircher.
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Na carta enviada no dia 5 de março, a vice-presidenta reforçou que não recebeu os valores que lhe corresponderia, do qual havia sido "ilegitimamente privada" durante os anos da gestão de Mauricio Macri (2015-2018).
Além disso, Kirchner também adiantava sua decisão de abrir mão do direito que guarda seu cargo na cadeira da vice-presidência de não pagar o imposto às riquezas. Ela reforçou que os integrantes da Corte Suprema da Justiça também gozam do direito de não pagar o imposto, "como todos e todas sabemos", apontou.
Edição: Vinícius Segalla