O papa Francisco celebrou, neste domingo (11), a missa do "Domingo da Divina Misericórdia" com cerca de 80 presos, refugiados e profissionais da saúde em uma igreja próxima à Praça São Pedro, no Vaticano.
Durante o sermão, o pontífice comentou uma passagem do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos, que descreve o modo de organização das primeiras comunidades cristãs.
O líder da Igreja Católica fez questão de ressaltar que elas ignoravam o conceito de propriedade privada e compartilhavam todos os seus bens. "Isso não é comunismo, mas puro cristianismo", enfatizou.
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O primeiro domingo após a Páscoa é considerado, na Igreja Católica, um dia para celebrar a misericórdia entre os homens e mulheres. A data foi instituída pelo papa João Paulo II, no ano 2000.
"Não podemos permanecer indiferentes. Não podemos viver uma meia fé, que apenas recebe, mas não dá", reforçou Francisco.
"Se o amor acaba em nós mesmos, a fé evapora-se num intimismo estéril. Sem os outros, torna-se desencarnada. Sem as obras de misericórdia, morre", completou.
Os presos que participaram da celebração foram autorizados a sair temporariamente de dois presídios e um centro de detenção de jovens em Roma, capital da Itália. Os refugiados presentes eram da Síria, da Nigéria e do Egito.
Edição: Daniel Giovanaz