PANDEMIA

Covid-19: Brasil registra 2.027 mortos em 24h; 1 a cada 4 vítimas é de São Paulo

Em números absolutos, estado estaria entre os 10 países com mais óbitos; Doria amplia reabertura neste sábado (24)

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Abril já é o mês mais letal da pandemia, mesmo a nove dias de seu fim. A média móvel diária de mortes está 2.580 óbitos - Tarso Sarraf/AFP

O Brasil registrou nesta quinta-feira (22) mais 2.027 mortes por covid-19 em um período de 24 horas. Com o acréscimo, o país soma 383.502 vítimas oficialmente registradas da doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

Em razão do feriado de Tiradentes, em que um número menor de profissionais trabalharam nos laboratórios, os dados tendem a estar defasados e deverão ser corrigidos nos próximos dias, após as notificações serem devidamente encaminhadas .

Em relação ao número de novos casos, foram 45.178 no período. O Brasil tem ao menos 14.167.973 contaminados em pouco mais de um ano de pandemia. Isso, desconsiderando a subnotificação, já que o Brasil testa pouco para a covid-19. Além disso, parte dos doentes que apresentam sintomas mais leves tendem a não passar por testes e também há os casos assintomáticos.

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A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Connas). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Abril já é o mês mais letal da pandemia, mesmo a nove dias de seu fim. A média móvel diária de mortes está 2.580 óbitos a cada um dos últimos sete dias e os casos, em 60.185. O país passa por um relativa estabilidade dos números em patamares elevados e no pior momento da pandemia. Com isso, o Brasil pode chegar a 600 mil mortes por covid em agosto.

São Paulo

Embora a pandemia siga em seu estágio mais letal, estados e municípios estão abandonando medidas de contenção do vírus. Em São Paulo, por exemplo, a partir de sábado (24), cinemas e casas de show poderão retomar o funcionamento, com limitação de pessoas. Nas ruas da capital paulista, o cenário é de “normalidade”, com muitas pessoas aglomeradas em transporte público e atividades não essenciais funcionando.

São Paulo atingiu a marca de 90 mil mortos, praticamente um quarto de todas as vítimas da covid no país. Sozinho, caso fosse um país, o estado estaria entre os 10 com maior número de mortos, à frente de nações como Turquia, Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia e Irã.

Mundo

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de mortos, atrás apenas dos Estados Unidos e epicentro da doença desde março, quando ultrapassou os norte-americanos e número de óbitos diários. Entretanto, neste mês, a Índia vem apresentando números superiores em relação aos novos casos.

Nesta quinta (22), o país asiático registrou 314 mil novos casos, recorde mundial para uma nação em um dia. Embora o número de infectados seja alto, a Índia tem menos mortos do que o Brasil; 186.928. Os casos são mais de 16 milhões. Nas grandes cidades do país, existe registro de falta de oxigênio para pacientes, além de sobrecarga nos crematórios.

Outro fato importante sobre a Índia é que o país tem mais de seis vezes a população brasileira, além de realizar mais testes proporcionalmente. O governo local também iniciou um programa de vacinação massivo, mas ainda insuficiente para a quantidade de habitantes.

A partir de maio, o país pretende ampliar a vacinação, abrindo a possibilidade para adultos acima de 18 anos. São mais de 130 milhões de doses já administradas – cerca de 9% da população foi vacinada.