Em 21 dias após a aplicação da primeira dose das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford, estudiosos britânicos avaliam que as chances de infecção são reduzidas em até 65%, tanto em indivíduos mais velhos e mais vulneráveis, quanto em jovens e saudáveis.
O estudo foi realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (Office for National Statistics, em inglês) em parceria com a Universidade de Oxford e divulgado em pré-publicação na última sexta-feira (23). Foram realizados testes em cerca de 370 mil pessoas com as duas vacinas utilizadas em território britânico.
Os pesquisadores indicam que, ao reduzir as taxas de infeção, as vacinas não vão apenas prevenir as internações hospitalares e as mortes por covid-19, mas também permitir a quebra das cadeias de transmissão e, assim, reduzir o risco de um potencial ressurgimento da doença.
A partir dessas conclusões, o governo britânico optou pela prioridade de vacinação de uma primeira dose às pessoas mais velhas e aos grupos mais vulneráveis.
No entanto, os resultados dos testes apontam que as primeiras doses de vacinas foram mais eficazes contra infecções sintomáticas do que assintomáticas. Após a aplicação da primeira dose, os casos de doenças com sintomas diminuíram 74%. No caso dos assintomáticos, o número cai para 57%.
No caso da vacina Pfizer/BioNTech, a aplicação da segunda dose do imunizante reduziu em 90% as infecções sintomáticas. As assintomáticas foram reduzidas em 70%. Por ter sido aprovada para uso posteriormente, o mesmo teste ainda não foi aplicado à vacina AstraZeneca/Oxford.
Uso no Brasil
A vacina AstraZeneca/Oxford, fabricada na Coreia do Sul, está em uso no Brasil desde 28 de janeiro por meio do Consórcio Covax Facility, que prevê 42 milhões de doses ao país.
A vacina da Pfizer/BioNTech foi aprovada para uso no Brasil, mas aguarda chegada de primeiro lote, previsto para pousar em território nacional na próxima quinta-feira (29), com uma estimativa de 1 milhão de doses.
Edição: Poliana Dallabrida