Criminalização

PM prende moradoras que protestavam por água após rompimento de barragem no Maranhão

Maria Aldineia e Maria Valdiene integram o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Godofredo Viana (MA)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Vídeo divulgado pelo movimento mostra ação policial que resultou na prisão das duas manifestantes - Reprodução / MAB

A Polícia Militar prendeu duas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na tarde do último domingo (25) no município de Godofredo Viana (MA). Maria Aldineia e Maria Valdiene participavam de um protesto que denunciava o desabastecimento de água no distrito de Aurizona, em decorrência do rompimento da maior barragem de ouro do país, há um mês.

A barragem da mineradora canadense Equinox Gold, no extremo oeste do Maranhão, a 338 km da capital São Luís, se rompeu no dia 25 de março. A lama com rejeitos de mineração contaminou o rio Tromaí e dificultou o acesso a serviços em vários distritos próximos, bloqueando a estrada que dava acesso a Godofredo Viana.

"O rompimento causou a contaminação das principais fontes de água doce da região, como o reservatório Juiz de Fora, principal fonte de água potável que abastecia diariamente toda a população do distrito de Aurizona, deixando mais de 4 mil habitantes a 30 dias sem acesso à água potável", diz nota publicada pelo MAB também no domingo.

Segundo o movimento, a ação da PM que prendeu as militantes foi truculenta e sem justificativas.

Brasil de Fato aguarda retorno da PM do Maranhão para comentar a acusação e atualizar o caso.

A última informação obtida pela reportagem foi que Maria Aldineia e Maria Valdiene foram levadas ao município de Zé Doca, a 250 km do distrito onde moram, sem direito a receber a visita de advogados. 

Em breve, mais informações.

Edição: Poliana Dallabrida