Em apenas um dia de funcionamento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investiga as ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia, recebeu ao menos 173 requerimentos de senadores. Parlamentares pedem informações sobre colapso em Manaus, compra da vacinas e insumos, assim como a promoção de medicamentos que não têm eficácia contra a doença.
Entre os requerimentos há pedidos para que sejam ouvidos o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e os seus três antecessores, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello. O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também foi convocado. Todos os pedidos precisam ser pautados pelo presidente eleito da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), para serem votados.
Segundo reportagem de Constança Rezende e Raquel Lopes, na Folha de S.Paulo, os requerimentos também solicitam informações sobre o fornecimento de respiradores, EPIs (equipamentos de proteção individual), “kit intubação”, abertura de leitos, fornecimento de oxigênio, aquisição de vacinas, seringas e distribuição de cloroquina.
Há cerca de 45 requerimentos relacionados ao colapso em Manaus no início do ano. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vai analisar todos os documentos sobre o tema, enquanto Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu para que sejam convocados os gestores da capital amazonense.
Randolfe pediu ainda que seja convocado como testemunha o ex-secretário especial de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, além do compartilhamento de informações obtidas na CPMI das Fake News que dialoguem com o tema da CPI da Covid-19.
O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), também elaborou uma lista com 11 solicitações de informações para o início dos trabalhos da CPI. Entre os temas a serem investigados, estão os processos administrativos relacionados à aquisição de vacinas e insumos, assim como todas as ações do governo federal relacionadas a medicamentos que não têm eficácia contra a doença.