O agro continua devastando e os rios continuam morrendo
A não regularização de terras, inclusive de comunidades quilombolas, somada à expansão do agronegócio e às políticas públicas que viabilizaram seu crescimento são os principais fatores responsáveis pela degradação dos biomas brasileiros. Esta é uma das avaliações divulgadas no dossiê “O Agro é Fogo: Grilagem, Desmatamento e Incêndios na Amazônia, Cerrado e Pantanal”, fruto da articulação de mais de 30 movimentos, organizações e pastorais sociais.
O documento coloca luz sobre as relações entre o poder público, o agronegócio, a grilagem de terras e a destruição de biomas, e é o destaque na edição de hoje (30) do Programa Bem Viver. Trata-se de uma iniciativa para reunir artigos e relatos de lutas de povos pela terra no Brasil para denunciar que os problemas vivenciados nos diferentes biomas brasileiros têm forte relação entre si.
O Agro é Tech, só que não
“Queremos denunciar a grilagem e contribuir para o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais por meio de suas organizações”, afirmou a responsável pela coalizão de movimentos em torno do dossiê, Cida Moura, ligada à organização não-governamental Fase. “O agro não é tech e não é pop. O agro continua devastando e os rios continuam morrendo. Sabemos que o fogo que aconteceu aqui no Pantanal infelizmente vai continuar acontecendo”, diz Cida.
Está prevista a realização de um seminário internacional com agências de outros países para divulgar e contribuir com a campanha e planejar ações emergenciais de proteção ao meio ambiente e às comunidades tradicionais. Para conhecer mais sobre a campanha, basta acessar o site agroefogo.org.br.
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Dia do Trabalhador
Pelo segundo ano seguido, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais unidades sindicais irão organizar os atos do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, de forma virtual, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
A proposta é que o evento apresente uma pluralidade de convidados, como forma enfrentamento unificado à crise da pandemia. O ato vai contar com as participações dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso. É possível acompanhar cobertura completa pelo Brasil De Fato.
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CPI da Covid
Na sessão de ontem (29), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou um requerimento que cobra da Presidência da República informações e documentos sobre os passeios do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo comércio de Brasília e do entorno do Distrito Federal durante a pandemia.
Essa prática recorrente do presidente ocorre em geral durante os finais de semana e gera aglomerações. No último sábado, por exemplo, Bolsonaro foi à Ceilândia e ao Sol Nascente, regiões próximas à capital federal. Sem máscara, o presidente entrou na casa de diversos moradores.
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Edição: Morillo Carvalho