Como impacto direto da pandemia, nove capitais brasileiras registraram mais óbitos do que nascimento no mês de abril, segundo dados dos cartórios do país. São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Vitória (ES) vivem o fenômeno pela primeira vez na história. Também em cenário inédito, o Sudeste, região mais populosa do Brasil, seguiu a mesma tendência.
Na lista estão também as cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG). Entre os estados, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul tiveram mais mortes do que nascimentos no período.
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A região Sudeste registrou 5.017 óbitos a mais do que nascimentos. Em abril do ano passado, o cenário era oposto: foram 37.075 nascidos vivos a mais do que as mortes. A variação entre os dois anos é de 170%. No estado de São Paulo, a diferença sempre foi positiva a favor dos nascimentos. Agora, as mortes chegaram 44.087 e as novas vidas somaram 41.407.
Os dados são preliminares, já que ainda podem ser inseridos registros de abril. Todo o material está disponível no Portal da Transparência do Registro Civil, organizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
Em Minas Gerais, a diferença vinha caindo ao longo dos anos, mas se acentuou com a crise sanitária. Até o momento, abril conta com apenas 41 nascidos vivos a mais do que os falecimentos. Como ainda é possível incluir informações sobre o mês, o cenário pode se reverter negativamente.
Já o Rio de Janeiro observou o decréscimo demográfico pela terceira vez desde o início da pandemia. Cenários semelhantes foram registrados em maio e dezembro de 2020. A capital fluminense terá o oitavo mês com mais falecimentos do que nascidos.
No Rio Grande do Sul, é o segundo mês seguido com mais óbitos do que nascimentos. Na capital Porto Alegre, já são quatro meses com a mesma tendência, o que também aconteceu em Fortaleza e Recife.
Edição: Poliana Dallabrida