Operários de uma fábrica de peças da Renault, em Lorient, na França, mantiveram sete gerentes em cativeiro por 12 horas para tentar impedir que o local fosse vendido na última terça-feira (27). A notícia foi confirmada pela Agência AFP e publicada no jornal Estado de São Paulo
A forma de protesto está cada vez mais difundida na França e é chamada de bossnapping, que junta as palavras em inglês boss (chefe) e kidnapping (sequestro). A ideia é trancafiar o patrão dentro do local de trabalho para fazer com que a mobilização dos trabalhadores seja ouvida.
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No caso mais recente na fábrica da Renault, os chefes foram liberados durante a madrugada. De acordo com o sindicalista Mael Le Goff, membro da Confederação Geral do Trabalho, eles foram soltos porque não queriam dialogar e era inútil tentar negociar com quem não quer se esforçar.
Mesmo assim, os trabalhadores continuaram os protestos na porta da fábrica, exigindo que a montadora não venda a instalação. De acordo com a empresa, ela está tentando encontrar um comprador para que atividades possam ser mantidas e para que os empregos dos cerca de 350 funcionários sejam preservados. Segundo a Agência AFP, a empresa Renault condenou "veementemente" ação dos trabalhadores.
Edição: Leandro Melito