O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou que decidiu se afastar do cargo, em razão do tratamento contra um câncer no sistema digestivo, com metástase óssea.
A equipe do Hospital Sírio-Libanês que acompanha Covas considera seu estado de saúde delicado. O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), deve assumir definitivamente o comando da maior cidade do país a partir desta segunda-feira (3), quando o pedido médico de afastamento será apresentado para ser validado pela Câmara Municipal paulistana.
Ao jornal Folha de S.Paulo, o oncologista Tulio Pfiffer, disse que visitou Covas na manhã de hoje e que a decisão pelo licenciamento foi do próprio prefeito.
“Ele está um pouco mais cansado, sentindo um pouco mais de dor, e quer priorizar o tratamento da doença”. O médico disse, porém, que o pedido de licenciamento não é devido a uma piora do seu quadro de saúde. “Ele mesmo disse que o ritmo de trabalho frente à prefeitura não está bem quanto ele gostaria. Ainda é muito cedo para falar em piora. A gente começou a nova estratégia de tratamento há menos de suas semanas”.
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Bruno Covas teve alta na semana passada e continuava o tratamento em casa. De acordo com Tulio Pfiffer, já estava prevista uma nova internação nesta segunda-feira, quando seriam feitos novos exames de sangue e de imagem. No entanto, o prefeito já voltou ao hospital.
“A gente ia dar um final de semana de descanso para ele ficar com o filho, a família dele. Mas, nesta conversa de hoje cedo, ele preferiu antecipar a internação”, disse o médico, também à Folha. O prefeito tem recebido alimentação por via venosa. Ele já tinha sido tratado com quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano.
Ex-vereador
Ricardo Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), que há mais de uma década controla o orçamento municipal em sua passagem pelo Legislativo.
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Sua indicação à chapa com Covas nas eleições do ano passado para concorrer à prefeitura de São Paulo teve o próprio João Doria (PSDB) como “fiador”. A ideia então defendida pelo governador foi ampliar uma possível aliança para 2022.