Moradores do Jacarezinho e integrantes de organizações de defesa dos Direitos Humanos realizaram uma manifestação em frente à Cidade da Polícia, no bairro Maria da Graça, na zona Norte do Rio, e em um trecho da Dom Hélder Câmara, na manhã desta sexta-feira (7), para denunciar a operação policial que mais matou na história do Rio: foram 25 pessoas vitimadas na favela do Jacarezinho na última quinta (6).
Nos cartazes, frases como: “parem de nos matar”, “justiça para Jacarezinho” e “fim do massacre nas favelas”. Durante a manifestação, uma moradora disse que os criminosos iriam se entregar, mas que a prisão não seria a intenção da polícia.
“Eles vieram para matar, eles iam se entregar, mas vieram para matar. São 25 mães chorando, eu quero meu filho”, disse a mulher que precisou ser amparada por outro morador, segundo o jornal O Dia.
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Ao longo de toda a quinta-feira (6), moradores denunciaram que execuções sumárias, agressões físicas, invasões a residências e abusos de autoridade estavam ocorrendo durante a incursão policial. Um outro ato público foi convocado para as 17h desta sexta-feira, em frente à quadra da G.R.E.S Unidos do Jacarezinho.
Em São Paulo (SP), a Coalizão Negra por Direitos também convocou um protesto contra a operação policial no Jacarezinho. A atividade foi marcada para as 17h de sábado (8) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista.
Segundo levantamento da Rede de Observatórios da Segurança, o primeiro trimestre de 2021 já é o mais letal em termos de mortes decorrentes de toda a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP). Pelos dados oficiais de março publicados pelo instituto, são mais de cinco pessoas mortas pela polícia diariamente.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister