A prefeitura de São Paulo reduziu os níveis do auxílio-aluguel a valores de 2014 e reduziu o número de famílias contempladas pelo programa em plena pandemia de coronavírus. De acordo com dados abertos da própria gestão, 23.815 famílias foram beneficiadas pelo auxílio-aluguel em 2020, a menor quantidade desde 2014, quando o número era de 26.286.
Além disso, em 2019, cerca de um ano antes de a pandemia estourar no Brasil, o número de famílias era 26.806 e, em 2020, 2.991 ficaram de fora.
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Os valores também mudaram e são os piores desde 2014, ano em que eram repassados R$ 114.449.632,00 para os beneficiários. Segundo os dados da prefeitura, até 7 de dezembro de 2020, tinham sido investidos apenas R$ 116.692.700,00 no auxílio-aluguel. Em comparação com 2019, em que o valor era de R$ 127.998.300,00, a redução no valor foi de R$ 11.305.600,00.
O auxílio de R$ 400 é pago mensalmente e por um tempo determinado para famílias que foram removidas pelo município devido a obras, urbanização de favelas, ocupação de áreas de risco, atendimento emergencial e vulnerabilidade por conta de enchentes, por exemplo.
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A ideia é que as pessoas tenham uma ajuda para conseguir complementar o pagamento do aluguel enquanto não têm um local fixo para ficar.
O Brasil de Fato entrou em contato com a prefeitura, questionando por qual motivo houve uma queda no pagamento e no número de famílias beneficiadas de 2019 para 2020. Até o fechamento desta reportagem, a gestão ainda não tinha retornado. Caso as respostas sejam enviadas posteriormente, serão publicadas.
Edição: Vinícius Segalla