PANDEMIA

Brasil tem segunda-feira pior que há uma semana, com casos de covid ainda em alta

Por questões operacionais, os números após o domingo ficam abaixo da média semanal; 786 mortes foram registradas em 24h

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Há dias a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) alerta para a necessidade de manter e ampliar as medidas de isolamento
Há dias a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) alerta para a necessidade de manter e ampliar as medidas de isolamento - Sergio LIMA / AFP

O Brasil registrou hoje (17), mais 786 mortes por covid em um período de 24 horas, contado a partir das 16h horas de ontem. Também foram notificados 29.916 novos casos da infecção causada pelo novo coronavírus. Com a atualização, o país tem agora 436.537 mortos em um total de 15.657.391 casos de covid- 19 confirmados desde o início do surto, em março de 2020.

Os números às segundas-feiras são mais baixos que nos demais dias úteis da semana. Isso porque um número menor de profissionais das áreas técnicas da saúde trabalham nos fins de semana. No entanto, para fins comparativos com a segunda-feira passada, 25.200 casos, o número de registrado esta semana é superior em 4.716 casos. O número está também acima do registrado há duas semanas, em 3 de maio (24.619). Ou seja, fica indicado um nível de contágio em alta e ainda sem controle. O número de óbitos, hoje, no entanto, é inferior aos 889 do último dia 10.

Após mais de um ano de pandemia pelo mundo, já se sabe que a relação entre o aumento de novos casos e o de mortes é de cerca de duas semanas. É o tempo que o novo coronavírus leva, em média, para se manifestar de forma mais agressiva no organismo da pessoa contaminada. Considerando que a média móvel de mortes nos últimos sete dias já começou a crescer, depois de 15 dias em queda, é de se esperar uma nova escalada das estatísticas de óbitos para os próximos dias.

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A curva epidemiológica média de casos evidencia o movimento de nova alta da pandemia no Brasil. Após atingir um pico no dia 25 de março, com média diária de 100.736 novos doentes por dia, houve uma tendência de queda até o dia 26 de abril; dia em que o valor ficou em 56.553 casos diários.

Há dias a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) alerta para a necessidade de manter e ampliar as medidas de isolamento e distanciamento social tomadas por estados e municípios a partir de março, quando o Brasil viveu seu pior momento da pandemia de covid até aqui. Desde março até o dia 10 de maio, o Brasil vinha registrando média superior a 2 mil vidas perdidas por dia.

Flexibilização na hora errada

Porém, deu-se o contrário: aos primeiros sinais de queda no número diário de mortes, foram sendo afrouxadas as quarentenas locais. Hoje, o país está novamente “aberto” para a livre circulação do vírus. Com isso, a média móvel de novos casos, calculada nos últimos sete dias, vem crescendo, chegando a 63.914 hoje. Além de, nesse período, a média ter se mantido em níveis muito elevados, agora indicam nova tendência de alta.

O reflexo já começa a ser sentido. Com a queda por razões operacionais das segundas-feiras, o índice fechou a segunda-feira em 1.901 mortos por covid a cada um dos últimos sete dias. Mas esse número voltou a crescer e foram registrados mais de 2 mil óbitos em cinco dos sete dias da semana passada.