Faixa de Gaza

Organizações palestinas na Argentina se mobilizam em frente a Embaixada de Israel

Prêmio Nobel Adolfo Pérez Esquivel enviou mensagem de apoio: "O mundo deve deter esse avanço colonial no século 21"

Brasil de Fato | Buenos Aires (Argentina) |
Protesto levantou como lema "a defesa dos direitos do povo palestino por sua livre autodeterminação". - Fernanda Paixão

A Federação de Entidades Argentino-Palestinas convocou um protesto na cidade de Buenos Aires, na tarde desta segunda-feira (17), próximo à embaixada israelense. O ato contou com forte presença policial, que cercou as quadras ao redor da representação estrangeira.

O lema do ato foi "a defesa dos direitos do povo palestino por sua livre autodeterminação". Além das organizações palestinas, movimentos sociais argentinos aderiram à convocatória, em um segundo dia de jornada pró-Palestina na cidade de Buenos Aires.

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O vencedor do prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel enviou uma mensagem para ser lida na ocasião: "Diante desta injustiça e o avanço da posição colonial, racista, que acude à limpeza étnica, violando todas as normas internacionais, chamamos os governos e povos do mundo a deter esse avanço colonial em pleno século 21. Não podemos considerar como um enfrentamento esta implantação de guerra terrorista, protagonizada por uma potência que possui armas nucleares contra uma população desarmada".

Um militante da organização Juventudes Palestinas, que possui familiares na Faixa de Gaza, denunciou os ataques como uma tentativa de desestabilizar o povo palestino. "Apontam para nossas crianças. Isso não é um efeito colateral", disse. "Querem quebrar nossos corações e a resistência no mundo, para que sintamos que fomos vencidos."

Uma das reivindicações presentes exigia o posicionamento firme do presidente da Argentina, Alberto Fernández.

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Na semana passada, o governo argentino publicou um comunicado, com base em nota emitida pela ONU, onde expressava uma "profunda preocupação pelo dramático agravamento da situação em Israel e Palestina" e pelo "uso desproporcionado da força por parte de unidades de segurança israelitas diante de protestos por possíveis despejos de famílias palestinas de seus lares nos bairros de Sheikh Jarrah e Silwan".

O comunicado provocou uma resposta da embaixadora de Israel na Argentina, Galit Ronen. "Vemos com preocupação este comunicado, que não expressa a boa relação que existe entre nossos países", afirmou em entrevista.

A Venezuela também já emitiu sua solidariedade à Palestina. O chanceler Jorge Arreaza condenou os ataques de Israel na semana passada, alertando a comunidade internacional.

 

 

O Ministério de Relações Exteriores da Bolívia também emitiu um comunicado a favor da Palestina nesta segunda-feira, em que exige de Israel "o respeito aos direitos humanos".

 

 

Edição: Vinícius Segalla