A CPI da Covid vai ouvir, nesta terça-feira (18), o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, que fez parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A expectativa dos senadores é que ele fale sobre o fato de ter sido um grande entusiasta da cloroquina para o tratamento da doença, quando já tinha sido comprovado que a droga não ajudava no combate ao coronavírus.
Além disso, no que se refere à sua atuação como chefe do Itamaraty, ele deverá ser questionado sobre as dificuldades diplomáticas que teria criado com o governo chinês e a postura de afastar o Brasil da Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. Atitudes que podem ter prejudicado o fornecimento de vacinas ao país.
A expectativa também é grande para que Araújo fale sobre a viagem que fez a Israel, em março deste ano. Na ocasião, ele foi enviado em uma comitiva para ter mais informações sobre um spray em fase de testes contra a covid, que seria “milagroso”, nas palavras do próprio presidente da República. Porém, todos da comitiva voltaram de mãos vazias, sem nada que pudesse ajudar no tratamento ou na prevenção da doença.
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Por fim, há questionamentos a serem feitos a respeito das teorias heterodoxas sobre política internacional que encampou enquanto estava no cargo. Durante o período, por exemplo, ele disse que a OMS tinha “um projeto globalista”, chamou o agente causador da pandemia de "comunavírus" e sugeriu que a China estaria por trás do surto que tomou conta do planeta. “Não bastasse o coronavírus, precisamos enfrentar também o comunavírus”,chegou a dizer.
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Edição: Vinícius Segalla