Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), criticou um de seus sucessores na pasta, Luiz Henrique Mandetta, que ocupou o cargo no governo de Jair Bolsonaro (sem partido): “Politicamente é medíocre e como gestor é mais medíocre ainda.”
A crítica foi feita durante entrevista, ao vivo, ao Brasil de Fato, na manhã desta sexta-feira (21), para comentar a CPI da Pandemia. Chioro lembrou que Mandetta trabalhou pelo fim do programa Mais Médicos e que isso contribuiu para que o país estivesse despreparado para a pandemia.
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“Comparado ao Pazuello, ele (Mandetta) acaba virando uma sumidade. É uma comparação excêntrica”, ironizou Chioro, que destacou um ponto do depoimento de Mandetta à CPI. “Ele traz um elemento importante, talvez o único, que foi a apresentação da ideia do governo paralelo.”, disse.
Chioro acredita que a CPI da Pandemia possa ser esticada para além dos seus 90 dias de duração, chegando até 180 dias. Para tanto, explicou o ex-ministro, precisa manter o interesse público no debate.
“Se a gente imaginar a profusão de gente qualificada, ou diretamente envolvida e graduada, que ainda será envolvida, há um clima de alta-tensão no ar para ser mantido. Há uma possibilidade importante de reconvocação de alguns desses atores ouvidos nessas duas primeiras semanas”, explicou.
Confira a entrevista completa:
Edição: Rebeca Cavalcante