Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovaram, na manhã desta quarta-feira (26), a reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual chefe da pasta Marcelo Queiroga para prestar depoimento.
Entre os parlamentares, apenas Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE) votaram contra a reconvocação do ex-ministro.
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Também foi convocado a prestar esclarecimentos o empresário Carlos Wizard, apontado por Pazuello como conselheiro do Ministério da Saúde, no início de sua gestão, entre abril e maio, momento inicial da pandemia no Brasil.
Conhecido como chefe do “Ministério da Saúde paralelo”, Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência, e irmão de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, também está entre os chamados a depor. Ele defendia a cloroquina e a hidroxicloroquina como soluções “anti-globalistas”.
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Felipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, flagrado fazendo gestos associados à organizações supremacistas, é um dos novos convocados a prestar depoimento. Ele é acusado de integrar a cúpula do governo que negava os efeitos da pandemia e defendia o uso de remédios sem comprovação científica.
A CPI aprovou ainda a convocação de nove governadores, são eles: Wilson Lima (AM), Ibaneis Rocha (DF), Waldez Góes (AP), Helder Barbalho (PA), Marcos Rocha (RO), Antonio Denarium (RR), Carlos Moisés (SC), Mauro Carlesse (TO) e Wellington Dias (PI). Além de Wilson Witzel, ex-mandatário do Rio de Janeiro, que sofreu impeachment neste ano.
Edição: Rebeca Cavalcante