Entre 2019 e 2020, o desmatamento subiu em 10 dos 17 estados que abrangem o bioma
A Mata Atlântica abriga centenas de espécies de animais e plantas em riscos de extinção, que correm o risco até o desaparecer totalmente do planeta. Para converter o cenário, cientistas recomendam medidas efetivas de controle do desmatamento, planos específicos de proteção de espécies, criação de áreas de preservação e mais investimentos em pesquisa sobre biodiversidade.
“Outro passo importante é tomar cuidado com a eleição dos nossos representantes, nos municípios, estados e no governo federal. Precisamos de uma bancada ambiental forte que não deixe acontecer coisas que estão acontecendo agora, como flexibilização das leis ambientais, que sem dúvida terão impacto muito grande na conservação da Mata Atlântica e de outros biomas do Brasil”, diz o biólogo Ricardo Moratelli, entrevistado no Programa Bem Viver, para marcar o Dia da Mata Atlântica, celebrado hoje (27).
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Segundo dados do Atlas da Mata Atlântica, só entre 2019 e 2020, o desmatamento subiu em 10 dos 17 estados que abrangem o bioma. No Espírito Santo e em São Paulo, por exemplo, o desmatamento quadruplicou em relação ao ano anterior. O bioma sofre com o desmatamento desde o começo da colonização do Brasil.
“Falta investimento em ciência e tecnologia. Vivemos um momento espetacular entre 2004 e 2014, que foi uma década de crescimento tecnológico sem precedentes no país. Nos últimos dois anos, no entanto, há a retirada substancial de recursos das universidades e instituições de pesquisa”, lamenta o pesquisador.
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Segurança nas manifestações
A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares elaborou um guia de segurança sanitária para manifestantes em tempos de Covid-19, disponível no site medicospopulares.org. No sábado (29) estão marcadas manifestações pelo impeachment de Bolsonaro em pelo menos 85 cidades do país.
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O guia recomenda o uso de máscara tipo PFF2 ou N95, bem ajustada no rosto, cobrindo nariz e boca, sem vazamentos. Se o manifestante tem máscara desse modelo, o indicado é usar uma máscara cirúrgica simples, coberta por uma máscara de pano.
Vale lembrar que mesmo as manifestações ocorrendo em locais abertos e ventilados, os manifestantes devem manter pelo menos dois metros de distância um do outro.
Semana do Brincar
Com a pandemia as crianças têm passado muito mais tempo em casa e o espaço do brincar virou a sala, a cozinha, o quarto ou o quintal. E com muitos dos responsáveis fazendo home office entreter os pequenos se tornou um desafio.
Por isso, neste ano, a Semana Mundial do Brincar, que vai de 22 a 30 de maio, discute o tema “Casinhas da Infância”, pensando justamente em debater como nossas casas podem ser locais de proteção, de diversão e de aprendizado.
No Brasil a iniciativa é da organização não-governamental Aliança pela Infância. A proposta é estimular a criatividade na utilização dos espaços e dar apoio aos pais e responsáveis.
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Edição: Sarah Fernandes