Na mira do Senado

Ao vivo: acompanhe o segundo depoimento do ministro Marcelo Queiroga na CPI da Covid

O presidente da CPI, Omar Aziz, afirmou que a primeira vez que Queiroga falou à comissão foi uma “grande decepção”

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O ministro falou pela primeira vez aos senadores no dia 6 de maio, ainda na primeira semana de CPI
O ministro falou pela primeira vez aos senadores no dia 6 de maio, ainda na primeira semana de CPI - Jefferson Rudy/Agência Senado

Nesta terça-feira (8), os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia escutam pela segunda vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Sobre a sua presença devem recair assuntos como a Copa América, a compra e distribuição de vacinas e a campanha a favor de medicamentos comprovadamente ineficazes pela ciência para o tratamento da covid-19, como cloroquina e hidroxicloroquina.

O ministro falou pela primeira vez aos senadores no dia 6 de maio, ainda na primeira semana de CPI. Os parlamentares consideraram que o depoimento teve muitas inconsistências e contradições, além de não esclarecer os pontos questionados. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), chegou a chamar a atenção do ministro diversas vezes. "O senhor é testemunha, tem que responder 'sim' ou 'não'", alertou Aziz.

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Queiroga também evitou responder às perguntas relacionadas à cloroquina, afirmando que só daria um parecer após o posicionamento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). "Eu tenho opinião sobre isso, mas ela será manifestada em um momento oportuno. (...) Está sendo elaborado um protocolo e eu sou última instância decisória, se eu manifesto uma opinião aqui eu invalido a decisão”, afirmou o ministro aos senadores na ocasião.

Duas semanas depois, o órgão emitiu um parecer contra o uso de hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina para o tratamento da covid-19. De acordo com o documento, "não há evidência de benefício" da cloroquina "seja no seu uso de forma isolada ou em associação com outros medicamentos." 

Sobre a Copa América, Queiroga afirmou à imprensa, nesta segunda-feira (7), que não compete ao Ministério da Saúde decidir sobre a realização do evento em território brasileiro, uma vez que é privado. Queiroga disse apenas que é função da pasta "verificar os protocolos de segurança e reforçá-los”. 

O assunto vem sendo discutido na CPI desde a semana passada e deve continuar em pauta, principalmente após a declaração de Queiroga. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a cobrar um posicionamento do jogador de futebol Neymar contra a realização do evento. 

"É o campeonato da vacinação, Neymar, que nós precisamos disputar, ganhar, e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado. No campeonato da vacinação, o Brasil ocupa um dos últimos lugares", disse o senador.

A Copa América começa no próximo domingo (13) no Brasil, após Argentina e Colômbia desistirem de sediar o evento devido ao agravamento da pandemia de covid-19.

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Os parlamentares escutam o ex-secretário executivo do ministério da Saúde, Élcio Franco, na quarta-feira (9); o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na quinta (10); e Cláudio Maierovitch, médico sanitarista e ex-presidente Anvisa e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Natália Pasternak, doutora em microbiologia e presidenta do Instituto Questão da Ciência, na sexta-feira (11).

Edição: Vivian Virissimo