A prefeitura de São Paulo, sob administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB), informou que tomará as medidas legais cabíveis contra os trabalhadores de limpeza urbana da cidade, que decidiram, nesta terça-feira (8), cruzar os braços até que toda a categoria seja vacinada contra a covid-19.
Por meio de nota distribuída a imprensa, “a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB) informa que não foi notificada formalmente sobre a greve. Pelo descumprimento [da lei] e para garantir a prestação do serviço essencial à população, a Prefeitura vai tomar as medidas legais cabíveis”.
Em sua página no Facebook, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP) publicou um vídeo dos trabalhadores reunidos em um protesto que aconteceu na manhã desta terça em frente à prefeitura.
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"A categoria que nunca parou merece vacina, respeito e reconhecimento. Sem vacina, sem coleta", diz o sindicato na legenda do vídeo.
Em um dos cartazes carregados pelos funcionários, era possível ler os dizeres: "Unidos pelo mesmo objetivo. Vacina já".
De acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a greve foi informada às 6h desta terça-feira pelo setor que realiza a coleta do lixo na cidade. Em entrevista ao podcast do UOL na manhã desta terça, ele classificou a paralisação como "muito preocupante".
"Imagine se toda categoria fizer greve por vacina. Não houve comunicação como determina a legislação, com 72 horas de antecedência Estamos dialogando e esperamos que o serviço seja retomado durante o dia", disse.
Edição: Vinícius Segalla