PRESERVAÇÃO

Proteção a Mata do Planalto é aprovada em primeiro turno na Câmara de Belo Horizonte

Texto reconhece valor ecológico, paisagístico, cultural e comunitário da área verde ameaçada por construtoras

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Mata do Planalto é uma das únicas áreas verdes remanescentes da Região Norte - Foto: Reprodução/Facebook

O Projeto de Lei (PL) 1050/20 de Preservação Ambiental da Mata do Planalto, apresentado pelas vereadoras do PSOL Bella Gonçalves e Cida Falabella, foi aprovado em primeiro turno na última quarta-feira (9) na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Somente seis vereadores se posicionaram contrários à proposta. Antes de ser votado em segundo turno, o PL tramitará nas comissões da Casa.

O texto reconhece o valor ecológico, paisagístico, cultural e comunitário da área verde que sofre com a ameaças de empreendimentos imobiliários.

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A Mata do Planalto é uma das únicas áreas verdes remanescentes da Região Norte, com relevante valor hídrico e ecológico, apresentando 20 nascentes, além de fauna e flora ameaçadas de extinção.

Em nota, o movimento Salve a Mata do Planalto afirma que a “Câmara Municipal, nesta gestão, deu mostras que questões ideológicas não podem se sobrepor aos interesses da população”.

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“É mais um passo na luta. A hora agora é de apertar o acelerador e exigir do prefeito, com apoio da Câmara, a desapropriação da área”, diz o texto.

No ano passado, mais de 60 instituições assinaram uma carta ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) reivindicando que ele cumprisse a promessa de campanha de preservar a mata. (Leia aqui).

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“Não podemos admitir que construtoras tenham prevalência sobre o rumo e o uso do município de Belo Horizonte, porque todos têm direito a uma cidade humanizada. Construtoras e grupos imobiliários não têm tido comprometimento com o bem-estar dos moradores, nem respeitado e auxiliado a preservar suas últimas áreas verdes e nascentes”, ressalta a carta.

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Há mais de dez anos, a população luta contra o projeto da Construtora Direcional de construir 760 apartamentos, 16 prédios de 16 andares, mais de 3500 vagas de garagem na área da mata.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Elis Almeida