Vacinas

Registrar efeitos das vacinas enriquece a qualidade dos imunizantes, diz pesquisador

A farmacovigilância dos imunizantes aumenta o escopo de informações sobre segurança e eficácia

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Quem pode notificar os eventos adversos relacionados aos imunizantes são profissionais da saúde legalmente registrados - Giulian Serafim / PMPA
Farmacovigilância sobre as vacinas traça estratégias e diretrizes para o uso dos imunizantes

As reações adversas após a vacinação contra a covid-19 têm sido registradas desde janeiro de 2021, quando foi aplicada a primeira dose do imunizante CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, no dia 17. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), as reações mais comuns são dor ou sensibilidade e inchaço no local da injeção, febre baixa, dor no corpo, fadiga e calafrios. Os sintomas aparecem logo após a aplicação ou entre 24 e 48 horas, mas cessam em poucos dias.

Para Lásaro Linhares Stephanelli, professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz “é de extrema importância notificar esses eventos pós vacinais”, uma vez que os registros “são a base para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisar a causalidade, ou seja, fazer uma investigação da relação entre o evento adverso e a vacina que foi administrada”.

De acordo com uma nota técnica da Fiocruz, do Observatório Covid-19, a farmacovigilância sobre as vacinas contra o novo coronavírus é importante, nesse sentido, para traçar estratégias e diretrizes para o uso dos imunizantes, ao “identificar, investigar e atuar frente a eventuais problemas relacionados a qualidade dessas vacinas”.

Ainda conforme diz o documento, seguir a farmacovigilância dos imunizantes enriquece a qualidade das informações sobre a segurança e eficácia de tais, minimizando os riscos.

Quem pode notificar os eventos adversos relacionados aos imunizantes são profissionais da saúde legalmente registrados, fabricantes dos imunizantes e estabelecimentos como hospitais, clínicas, unidades de saúde e farmácias.

Vacinação no Brasil 

Até às 20h desta quinta-feira (10), 11,11% da população completou o esquema vacinal contra a covid-19 com duas doses. O percentual equivale a 23.520.981 pessoas. Já a primeira dose foi aplicada em 52.790.945 pessoas, ou seja, 24,93% da população, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa

Dos 20 países que integram o G-20, o Brasil lidera o ranking do total de mortes por covid-19 a cada 1 milhão de habitantes. Quando a régua muda para o total de doses aplicadas por 100 habitantes, o Brasil cai para a 11º posição, atrás, por exemplo, de Turquia, Arábia Saudita e China.

Os dados são da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford. Os 20 países representam 80% da produção econômica mundial, cerca de 65% da população global e 75% quartos do comércio internacional.

Edição: Vivian Virissimo