Neste sábado (12), o ex-presidente Lula se reuniu com ao menos 21 lideranças comunitárias, movimentos sociais, ativistas e comunicadores no Rio de Janeiro. Durante o evento o petista criticou a "motociata" de Bolsonaro.
"Eu estou evitando ir para rua porque não quero mostrar gesto de irresponsabilidade. Eu não tenho que me preocupar com a minha pessoa, mas com o povo brasileiro", disse.
Em meio ao cenário de discursos de ódio no país, o encontro dialogou sobre medidas contra os casos de violência nas favelas cariocas diante da atuação policial ostensiva no chamado modelo de guerra às drogas.
“A droga que é vendida na favela não é produzida ali, as armas existentes nas mãos dos varejistas de drogas que controlam esses territórios e também os milicianos, também não é produzida ali. As armas e as drogas vem de fora. O mesmo camburão que carrega o corpo preto sem vida é o mesmo que traz as armas para as favelas”, declarou o militante do PT e líder das favelas do Rio de Janeiro, André Constantine.
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Lula também comentou sobre a operação policial que resultou na morte de Kathlen Romeu, de 24 anos, grávida de três meses, no Complexo do Lins, no Rio de Janeiro.
"É a excrescência do comportamento de determinados setores da polícia do Rio de Janeiro. Primeiro atira para depois descobrir quem foi a vítima", disse o ex-presidente.
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Quando questionado sobre uma possível candidatura no próximo ano, Lula afirmou que precisa do auxílio da população brasileira .
"Eu estou aqui para aprender. Quero ouvir todo mundo que está no dia a dia. Se for para ser candidato, eu preciso que seja para fazer mais do que eu já fiz. E para isso preciso da ajuda de vocês", defendeu o petista.
Confira o depoimento completo:
Edição: Daniel Lamir