O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e a mulher dele, Helena Witzel, se tornaram réus por corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro. A decisão foi divulgada após o ex-governador deixar o depoimento na CPI da Covid-19 no Senado.
Aceita pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), a denúncia elaborada pelo MPF (Ministério Público Federal) inclui o pastor Everaldo Dias Pereira (PSC), membro da Assembleia de Deus e candidato a presidência da república em 2014, que também se torna réu.
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Conforme as investigações, o religioso e o ex-governador, afastado definitivamente do governo em abril deste ano, seriam os principais responsáveis pelas fraudes, dirigindo o núcleo político do suposto esquema criminoso.
Com a decisão da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, também se tornaram réus pelos mesmos crimes o ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos e Lucas Tristão, que ocupava a pasta do desenvolvimento econômico no estado.
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A ação é um desdobramento da operação Favorito, um dos braços da Lava Jato, que mirou, no ano passado, empresários próximos ao governo fluminense. O MPF aponta que o grupo teria pagado propina a agentes públicos, em troca de contratos com o Executivo.
Edição: Leandro Melito