Nesta sexta-feira (18), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) reelegeu, por aclamação, Antonio Guterres como secretário geral do organismo para o período 2022 - 2026. "Estou profundamente honrado e agradecido pela confiança em mim depositada para servir como Secretário Geral das Nações Unidas por segundo mandato. Servir a ONU é um imenso privilégio e o mais nobre dever", afirmou Guterres.
Seu primeiro mandato foi marcado por intervenções da ONU solicitando o levantamento do bloqueio econômico aplicado pelos Estados Unidos contra Cuba e Venezuela; também pedindo o fim dos conflitos no Oriente Médio e, desde o início da pandemia de covid-19, Guterres foi uma das vozes à favor do levantamento imediato das sanções econômicas contra todos os países e da distribuição equitativa das vacinas.
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No entanto, o diplomata português, de 72 anos, assume um novo período como chefe da ONU com uma crise de legitimidade do organismo, que recebe críticas severas sobre o descaso com os princípios contidos na Carta Fundacional da Organização e a falta de posturas firmes contra as violações cometidas pelas grandes potências econômicas mundiais.
A Organização das Nações Unidas não foi capaz de negociar o fim da Guerra na Síria, que já completou 10 anos, no Iêmen, considerado maior crise humanitária da história do planeta ou ainda estabilizar um governo central na Líbia, depois do golpe contra o o ex-presidente Muamar Gadafi, seu assassinato e a guerra desatada no país.
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Antes de ser eleito secretágio geral da ONU, em 2017, Guterres havia sido primeiro-ministro de Portugal, entre 1992 e 2002, e diretor geral da Agência de Refugiados da ONU (Acnur) entre 2005 e 2015. Sua carreira na política e diplomacia fez com que fosse uma indicação de consenso dos países que compõem o Conselho de Segurança para os 193 membros da Assembleia Geral da ONU.
Edição: Vivian Virissimo